segunda-feira, 18 de março de 2013

Conflitos entre Coreia do Norte e Coreia do Sul


ESCOLA ESTADUAL TRÊS PODERES
CADERNO DE REPORTAGEM
HISTÓRIA – ALZIRA ARAUJO

Conflitos entre Coreia do Norte e Coreia do Sul


         O conflito envolvendo Coreia do Sul (República da Coreia) e Coreia do Norte (República Democrática Popular da Coreia) é um dos poucos episódios ainda não resolvidos dos tempos da Guerra Fria, onde duas ideologias, acapitalista e a socialista lutavam pela supremacia mundial por meio de uma disputa geopolítica, e que afetou de modo irremediável a península coreana. 

       O problema fundamental é que a região é habitada por uma etnia predominante, a coreana, e que historicamente formava um único país, uma única entidade, com uma única cultura, língua e costumes e desde o fim da Segunda Guerra Mundial, após livrar-se da vergonhosa dominação japonesa, passou a encarar o drama da divisão, pura e exclusivamente ideológica, cuja pior consequência é separar inúmeras famílias e colocar coreanos contra coreanos.

           Assim, após a saída dos japoneses, estabeleceu-se o paralelo 38 como marco da divisão entre as esferas de influência (um eufemismo para ocupação) soviética e americana, assim como aconteceu com a Alemanha e o Vietnã. Dela nasceu os atuais estados soberanos da Coreia do Sul, capitalista, e do Norte, de regime socialista. Ocorreram diálogos em torno da unificação do país, mas a tensão ao redor do marco divisório foi crescendo com o tempo, o que desembocou finalmente num conflito, a chamada Guerra da Coreia, quando forças norte-coreanas resolveram invadir a metade sul, em junho de 1950. A Guerra da Coreia, de 1950 a 1953, seria o primeiro conflito armado da era da Guerra Fria, e deixaria as principais cidades coreanas todas arrasadas, fazendo com que as duas Coreias figurassem entre as mais pobres nações do mundo à época. 

           Tecnicamente, nunca foi celebrada a paz entre os dois lados, e desde 1953, ambos os países encontram-se em “estado de beligerância”, ou seja, qualquer tipo de relações ou intercâmbio estão paralisadas. Os encontros entre os líderes coreanos do sul e do norte, que muitas vezes são apresentados em jornal e televisão ocorrem justamente para que se resolva tal questão. Tal situação intrincada serve em grande parte para explicar o porquê da persistência deste conflito derivado da Guerra Fria.

            Segue desse modo, a divisão, que já conta com quase 70 anos, onde presenciamos a arrancada da Coreia do Sul rumo a uma posição de destaque na economia mundial, figurando entre as principais economias do mundo, um dos “tigres” asiáticos, e que deu origem a várias empresas de tecnologia, como a LG, Samsung e ainda a Hyundai, no setor automobilístico. Do lado norte-coreano, o regime socialista tornou-se cada vez mais radical, fechando o país de modo paranoico, com uma economia humilde, onde os investimentos vão em grande parte para a compra de armamentos. Com a morte recente de Kim Jong-Il (o segundo chefe de estado que a Coreia do Norte teve até hoje), e a ascensão de seu filho, Kim Jong-Un, há uma expectativa de que o fechado regime socialista torne-se um pouco mais flexível. Continua o sonho para muitos, mesmo que na prática ainda complicado, de que as duas Coreias possam novamente constituir um só país.


      As relações entre Coreia do Sul e Estados Unidos têm sido muito extensas desde 1948, quando os norte- americanos ajudaram a estabelecer o capitalismo na Coreia do Sul e lutaram ao seu lado, sob os auspícios da ONU, na Guerra da Coreia (1950-1953). Durante as quatro décadas seguintes, a Coreia do Sul experimentou um crescimento econômico, político e militar enorme, e reduziu significativamente a sua dependência dos Estados Unidos. Desde a administração Roh Tae-woo para a administração Roh Moo-hyun, a Coreia do Sul procurou estabelecer uma parceria com os Estados Unidos, que fez com que as relações Seul-Washington fossem submetidas a alguns atritos. No entanto, as relações entre os dois países foram muito fortalecidas sob a administração do conservador e pró-EUA, Lee Myung-bak.[1]

Os Estados Unidos acreditam que a questão da paz e da segurança na península coreana é, em primeiro lugar, uma questão de decisão do povo coreano. Nos termos do Tratado de Defesa Mútua de 1953, os Estados Unidos concordaram em ajudar a República da Coreia a se defender contra as agressões externas. Em apoio a este compromisso, os Estados Unidos vem mantendo efetivos militares superiores a 28 mil soldados no país.[2]


Coreia do Norte x EUA e Coreia do Sul

A Coreia do Norte ameaçou neste domingo (10-03-2013) fazer uma "guerra sem quartel" contra a Coreia do Sul e os Estados Unidos, um dia antes de os aliados iniciarem manobras militares na região, Para o regime de Pyongyang, o movimento seria um teste para invadir o país comunista.

"Nossa linha de vanguarda militar, o exército, a marinha e as forças aéreas, as unidades antiaéreas e as unidades de foguetes estratégicos, que já se encontram na fase de guerra sem quartel, aguardam a ordem final para atacar", publicou neste domingo o jornal "Rodong", periódico oficial do partido único norte-coreano. A publicação garantiu também que as armas nucleares do país estão "prontas para o combate".

"Os regimes dos Estados Unidos e da Coreia do Sul serão transformados em um mar de fogo num piscar de
olhos", no caso de uma disputa, segundo o Rodong, que repetiu as ameaças da Coreia do Norte feitas nesta semana diante das novas sanções da ONU por seu recente teste nuclear.

Entre elas está a promessa de anular os acordos de cessar-fogo com a Coreia do Sul e de cortar a única linha de comunicação com o governo de Seul na segunda-feira (11), quando começa o teste militar anual "Key Resolve" da Coreia do Sul e dos EUA. 

O "Key Resolve" consiste em cerca de 10 mil soldados sul-coreanos e 3.500 americanos, além de um porta- aviões e de caças de combate, e será combinado com as manobras "Foal Eagle" que as forças conjuntas de ambos os países mantêm em curso desde o último dia 1 de março.Seul e Washington garantiram que as manobras têm objetivo defensivo, enquanto Pyongyang as considera como testes para uma invasão. 

Espera-se que a Coreia do Norte também realize grandes manobras militares na segunda e na terça-feira (12) perto da fronteira com a Coreia do Sul em resposta a estes exercícios. Está previsto que o regime comunista efetue lançamentos de mísseis de curto alcance para alvos simulados, e que realize
algum outro tipo de "provocação militar", disse uma fonte do Ministério da Defesa sul-coreano à 
agência "Yonhap”. Bibliografia: (Coreia do Norte vs. Coreia do Sul. Disponível em <http://veja.abril.com.br/quem/coreia-norte-coreia-sul.shtml>.
Acesso em: 31 jan. 2012.) - Revista Época










1-Após a leitura texto responda as seguintes questões
a -O que foi a Guerra da Coréia?
b- Qual foi o vencedor do conflito?
c- Como ficou a situação das Coreias após a guerra? Exemplifique.
d- Qual motivo do conflito atual envolvendo Coreia Norte , Coreia do Sul e Estados Unidos?
2- Desenhe o mapa político da Coreia do Norte e do Sul
3- Faça um breve comentário da situação atual de beligerância na região e se posicione em relação
 a um possível conflito.


























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