terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Reforma Protestante


ESCOLA ESTADUAL TRÊS PODERES

CADERNO DE HISTÓRIA-ALZIRA ARAUJO

Reforma Protestante

 

O processo de reformas religiosas teve início no século XVI. Podemos destacar como
 causas dessas reformas: abusos cometidos pela Igreja Católica e uma mudança na visão de
mundo, fruto do pensamento renascentista.

A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo sua identidade. Gastos
com luxo e preocupações materiais estavam tirando o objetivo católico dos trilhos. Muitos
 elementos do clero estavam desrespeitando as regras religiosas, principalmente o que diz
 respeito ao celibato. Padres que mal sabiam rezar uma missa e comandar os rituais, deixavam
a população insatisfeita.

A burguesia comercial, em plena expansão no século XVI, estava cada vez mais inconformada,
pois os clérigos católicos estavam condenando seu trabalho. O lucro e os juros, típicos de um
capitalismo emergente, eram vistos como práticas condenáveis pelos religiosos.
             Por outro lado, o papa arrecadava dinheiro para a construção da basílica de São Pedro em

Roma, com  a venda das indulgências (venda do perdão). No campo político, os reis estavam
descontentes com o papa, pois este interferia muito nos comandos que eram próprios da realeza.

O novo pensamento renascentista também fazia oposição aos preceitos da Igreja. O homem
renascentista, começava a ler mais e formar uma opinião cada vez mais crítica. Trabalhadores
 urbanos, com mais acesso a livros, começaram a discutir e a pensar sobre as coisas do
mundo. Um pensamento baseado na ciência e na busca da verdade através de experiências e da
 razão.

 

A Reforma Luterana

 

O monge alemão Martinho Lutero foi um dos primeiros a contestar fortemente os
dogmas da Igreja Católica. Afixou na porta da Igreja de Wittenberg as 95 teses que
criticavam vários pontos da doutrina católica.

As 95 teses de Martinho Lutero condenava a venda de indulgências e propunha a fundação do
 luteranismo ( religião luterana ). De acordo com Lutero, a salvação do homem ocorria
 pelos atos praticados em vida e pela fé. Embora tenha sido contrário ao comércio, teve
grande apoio dos reis e príncipes da época. Em suas teses, condenou o culto à imagens
e revogou o celibato. 

Martinho Lutero foi convocado as desmentir as suas 95 teses na Dieta de Worms,
convocada pelo imperador Carlos V. Em 16 de abril de 1521, Lutero não so defendeu
suas teses como mostrou a necessidade da reforma da Igreja Católica.

 

A Reforma Calvinista


            Na França, João Calvino começou a Reforma Luterana no ano de 1534. De acordo com
Calvino a salvação da alma ocorria pelo trabalho justo e honesto. Essa ideia calvinista, atraiu muitos
burgueses e banqueiros para o calvinismo. Muitos trabalhadores também viram nesta nova religião
uma forma de ficar em paz com sua religiosidade. Calvino também defendeu a ideia da predestinação
(a pessoa nasce com sua vida definida).

 

A Reforma Anglicana

 

Na Inglaterra, o rei Henrique VIII rompeu com o papado, após este se recusar a cancelar o
 casamento do rei. Henrique VIII funda o anglicanismo e aumenta seu poder e suas posses, já
que retirou da Igreja Católica uma grande quantidade de terras.

 

A Contrarreforma Católica

 

Preocupados com os avanços do protestantismo e com a perda de fiéis, bispos e papas reúnem-se
 na cidade italiana de Trento (Concílio de Trento) com o objetivo de traçar um plano de reação.
 No Concílio de Trento ficou definido: 

- Catequização dos habitantes de terras descobertas, através da ação dos jesuítas;
- Retomada do Tribunal do Santo Ofício -
Inquisição : punir e condenar os acusados de heresias
- Criação do Index Librorium Proibitorium (Índice de Livros Proibidos): evitar a propagação de ideias

 contrárias à Igreja Católica.

Em muitos países europeus as minorias religiosas foram perseguidas e muitas guerras religiosas
ocorreram, frutos do radicalismo. A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), por exemplo, colocou
 católicos e protestantes em guerra por motivos puramente religiosos. Na França, o rei mandou
assassinar milhares de calvinistas na chamada Noite de São Bartolomeu.

 

Expansão Marítima

 

Durante os séculos XV e XVI, os europeus, principalmente portugueses e espanhóis,
lançaram-se nos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico com dois objetivos principais :
descobrir uma nova rota marítima para as Índias e encontrar novas terras. Este período
ficou conhecido como a Era das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos.

No século XV, os países europeus que quisessem comprar especiarias (pimenta, açafrão,
gengibre, canela e outros temperos), tinham que recorrer aos comerciantes de Veneza ou
Gênova, que possuíam o monopólio destes produtos. Com acesso aos mercados orientais -
Índia era o principal - os burgueses italianos cobravam preços exorbitantes pelas especiarias
do oriente. O canal de comunicação e transporte de mercadorias vindas do oriente era o Mar
Mediterrâneo, dominado pelos italianos. Encontrar um novo caminho para as Índias era uma
tarefa difícil, porém muito desejada. Portugal e Espanha desejavam muito ter acesso
direto às fontes orientais, para poderem também lucrar com este interessante comércio.

Um outro fator importante, que estimulou as navegações nesta época, era a necessidade dos
 europeus de conquistarem novas terras. Eles queriam isso para poder obter matérias-primas,
metais preciosos e produtos não encontrados na Europa. Até mesmo a Igreja Católica estava
 interessada neste empreendimento, pois, significaria novos fiéis.

Os reis também estavam interessados, tanto que financiaram grande parte dos empreendimentos
 marítimos, pois com o aumento do comércio, poderiam também aumentar a arrecadação de impostos
para os seus reinos. Mais dinheiro significaria mais poder para os reis absolutistas da época (saiba mais
 em absolutismo e mercantilismo).

Portugal foi o pioneiro nas navegações dos séculos XV e XVI devido a uma série de condições
encontradas neste país ibérico. A grande experiência em navegações, principalmente da pesca de
 bacalhau, ajudou muito Portugal. As caravelas, principal meio de transporte marítimo e comercial
 do período, eram desenvolvidas com qualidade superior à de outras nações. Portugal contou com
uma quantidade significativa de investimentos de capital vindos da burguesia e também da
nobreza, interessadas nos lucros que este negócio poderia gerar. Neste país também houve a preocupação
 com os estudos náuticos, pois os portugueses chegaram a criar até mesmo uma centro de estudos :
A Escola de Sagres.

Navegar nos séculos XV e XVI era uma tarefa muito arriscada, principalmente quando se
tratava de mares desconhecidos. Era muito comum o medo gerado pela falta de conhecimento e
pela imaginação da época. Muitos acreditavam que o mar pudesse ser habitado por monstros,
enquanto outros tinham uma visão da terra como algo plano e , portanto, ao navegar para o "fim" a
 caravela poderia cair num grande abismo.
            Dentro deste contexto, planejar a viagem era de extrema importância. Os europeus contavam com

alguns instrumentos de navegação como, por exemplo: a bússola, o astrolábio e a. Estes
dois últimos utilizavam a localização dos astros como pontos
de referência....................................................................................... 
        Também era necessário utilizar um meio de transporte rápido e resistente. As caravelas

cumpriam tais objetivos, embora ocorressem naufrágios e acidentes. As caravelas eram
capazes de transportar grandes quantidades de mercadorias e homens. Numa navegação
participavam marinheiros, soldados, padres, ajudantes, médicos e até mesmo um escrivão para
anotar tudo o que acontecia durantes as viagens.

 

Navegações portuguesas e os descobrimentos

 

        No ano de 1498, Portugal realiza uma das mais importantes navegações: é a chegada
das caravelas, comandadas por Vasco da Gama às Índias. Navegando ao redor do continente africano, Vasco
da Gama chegou à Calicute e pôde desfrutar de todos os benefícios do comércio direto com o oriente.
 Ao retornar para Portugal, as caravelas portuguesas, carregadas de especiarias, renderam lucros
fabulosos aos lusitanos.
        Outro importante feito foi a chegada das caravelas de Cabral ao litoral brasileiro, em abril de

1500. Após fazer um reconhecimento da terra "descoberta", Cabral continuou o percurso em direção
 às Índias.Em função destes acontecimentos, Portugal tornou-se a principal potência econômica da
 época.

 

Navegações Espanholas

 

A Espanha também se destacou nas conquistas marítimas deste período, tornando-se, ao lado de
Portugal, uma grande potência. Enquanto os portugueses navegaram para as Índias contornando a
África, os espanhóis optaram por um outro caminho. O genovês Cristovão Colombo, financiado
pela Espanha, pretendia chegar às Índias, navegando na direção oeste. Em 1492, as caravelas
espanholas partiram rumo ao oriente navegando pelo Oceano Atlântico. Colombo tinha o conhecimento
 de que nosso planeta era redondo, porém desconhecia a existência do continente americano. Chegou em
12 de outubro de 1492 nas ilhas da América Central, sem saber que tinha atingido um novo continente.
Foi somente anos mais tarde que o navegador Américo Vespúcio identificou aquelas terras como sendo
um continente ainda não conhecido dos europeus. Em contato com os índios da América ( maias, incas
e astecas ), os espanhóis começaram um processo de exploração destes povos, interessados na
grande quantidade de ouro. Além de retirar as riquezas dos indígenas americanos, os espanhóis
destruíram suas culturas.

Bibliografia: Sua pesquisa.com



 

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