terça-feira, 7 de outubro de 2014

Roteiro de estudo para prova de História 10/10

Roteiro de estudo para prova de História 10/10
Guerra Fria - Conceito
Doutrina Truman - Plano Marshall
Estudo de caso pós guerra: Alemanha , Japão e China
Détente: Cuba e Vietnâ
Fim da Guerra Fria - Desestruturação da URSS

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Análise: As raízes históricas da súbita desintegração do Iraque

ESCOLA ESTADUAL TRÊS PODERES

CADERNO DE REPORTAGEM – ALZIRA ARAUJO

Análise: As raízes históricas da súbita desintegração do Iraque


Atualizado em 12 de agosto, 2014 - 05:32 (Brasília) BBC.
Curdos e militantes islâmicos lutam no norte do Iraque
O atual avanço do Estado Islâmico - milícia sunita anteriormente conhecida como Isis - é, essencialmente, uma tentativa de reacomodar fronteiras regionais definidas por razões políticas.
Junto com a dificuldade de controlar o conflito na Síria, o avanço do grupo é a tentativa mais séria atualmente de redesenhar o mapa do Oriente Médio. Se não for barrada, a milícia - que já declarou um califado no leste da Síria e oeste do Iraque - pode por em risco não apenas as minorias étnicas e religiosas iraquianas, mas o próprio Iraque como Estado soberano. O Iraque parece se desintegrar a cada crise e uma das questões é quando tudo começou a sair errado.

Poder para poucos

As fronteiras do Oriente Médio hoje são, em grande parte, um legado da Primeira Guerra Mundial. Foram estabelecidas pelas potências coloniais com o fim e a divisão do Império Otomano. A Grã-Bretanha, potência colonial, impôs no atual Iraque o reino Hachemita, que prevaleceu sobre outras comunidades, como xiitas e curdos - uma dinâmica recorrente na história turbulenta do país. A monarquia foi derrubada por um golpe do partido Baas, um movimento nacionalista e de modernização semelhante ao que levou Gamal Nasser ao poder no Egito. Com a queda da monarquia, assume Saddam Hussein, cabeça de um regime dominado pela facção sunita que também reprimiu reivindicações dos xiitas e curdos. O apoio do Ocidente a Saddam durante a guerra Irã-Iraque só fortaleceu sua liderança brutal. Mas o governo do Partido Baas foi destruído pela invasão americana e britânica de 2003. Saddam Hussein foi deposto, julgado e executado pelo novo governo iraquiano. O exército iraquiano foi desmontado e deu lugar a novas forças de segurança.
A guerra que os neoconservadores americanos tinham imaginado como meio de levar a democracia à região, estabelecendo novos arranjos políticos e unindo todas as comunidades, produziu um sistema dominado por um estado de maioria xiita. Foi essa maioria que elegeu o primeiro-ministro Nouri al-Maliki, que acusou a população sunita de governar ignorando as necessidades de outras comunidades. Muitos haviam se perguntando, depois da guerra, se o Iraque poderia permanecer um Estado unitário e uma das razões por trás da questão foi o nível significativo de autonomia alcançada pelos curdos no norte do país. Atualmente, as forças armadas da região do Curdistão, onde está uma das mais ricas reservas de petróleo, combatem os militantes do Estado Islâmico. O Curdistão também recebeu refugiados que fugiram da ofensiva do EI. Porém, um elemento central desta receita deixou de existir a partir da retirada das tropas americanas do país.

Novo sectarismo

Apesar de planos iniciais de manter um contingente militar no Iraque para assessorar o exército iraquiano, Bagdá e Washington não chegaram a um acordo sobre esse tema. As últimas tropas americanas se retiraram em dezembro de 2011, deixando a segurança do país nas mãos das suas próprias forças de segurança. Os Estados Unidos tinham feito progressos significativos na luta contra os grupos jihadistas ligados à Al Qaeda ao se aproximar de outros grupos sunitas. Sem os americanos, estes acordos entraram em colapso. Os sunitas ficaram cada vez mais vulneráveis a um exército dominado pelos xiitas. Os excessos das forças de segurança do Iraque serviram de incentivo para grupos extremistas recrutarem militantes sunitas.

Queda de Saddam Hussein facilitou o crescimento do Irã na região
Um grande paradoxo da derrubada de Saddam Hussein pelas tropas americanas é que a destruição do Iraque como força regional acelerou e facilitou o crescimento do Irã. Teerã enxergou os xiitas iraquianos como aliados em uma batalha regional mais ampla. Talvez por causa do apoio iraniano, o triunfo do primeiro-ministro Nouri al-Maliki provocou a rejeição de grupos sunitas, piorando a situação de segurança na região. Recentemente, o avanço dos militantes do EI resultou em um fato inédito: Irã e os Estados Unidos dialogaram, pela primeira vez, sobre a situação no Iraque, não como inimigos, mas como potências regionais preocupadas com um rival comum.

Jihad regional

O sectarismo e a divisão entre sunitas e xiitas são vistos por muitos analistas como o dilema do ovo e da galinha: o problema seriam as diferenças sectárias ou as falhas do Estado iraquiano nos âmbitos social e econômico, gerando mais divisões? Apesar da riqueza em petróleo, a maioria dos iraquianos vive em condições de pobreza e os níveis de corrupção no país são altos. O premiê iraquiano, acusado de favorecer seus seguidores, continua no poder apesar das críticas da oposição e mesmo de Washington, e agora tenta um terceiro mandato. Síria, país vizinho ao Iraque, também vive conflito intenso entre facções políticas Os iraquianos, mesmo focados em seus próprios problemas, notaram como as correntes da Primavera Árabe vieram e se foram: a transformação política no Egito e, claro, os conflitos na vizinha Síria. O apoio dos países do Golfo aos militantes sunitas extremistas facilitou o surgimento e a consolidação de grupos como o EI, com uma agenda regional cada vez mais ambiciosa.
O crescimento da dissidência jihadista na Síria também teve implicações para o outro lado da fronteira. Há relatos consistentes de que o governo sírio de Bashar al-Assad subestimou esses insurgentes e se concentrou mais na luta contra os militantes mais moderados, apoiados pelo Ocidente. Isso deu espaço para o EI estabelecer suas próprias estruturas em áreas de baixo controle.


segunda-feira, 16 de junho de 2014

Liberalismo Econômico

ESCOLA ESTADUAL TRÊS PODERES
CADERNO DE REPORTAGEM – ALZIRA ARAUJO


Liberalismo Econômico



Adam Smith
        A teoria do liberalismo econômico surgiu no contexto do fim do mercantilismo, período em que era necessário estabelecer novos paradigmas, já que o capitalismo estava se firmando cada vez mais. A ideia central do liberalismo econômico é a defesa da emancipação da economia de qualquer dogma externo a ela mesma, ou seja, a eliminação de interferências provenientes de qualquer meio na economia.
        Tal teoria surgiu no final do século XVIII, tendo em François Quesnay um dos seus principais teóricos. Quesnay afirmava que a verdadeira atividade produtiva estava inserida na agricultura. Outro pensador que contribuiu para o desenvolvimento da teoria do liberalismo econômico foi Vincent de Gournay, o qual dizia que as atividades comerciais e industriais deveriam usufruir de liberdade, para assim se desenvolverem e alcançarem a acumulação de capitais.
        No entanto, o principal teórico e pai da teoria do liberalismo econômico foi Adam Smith. O economista escocês confrontou as ideias de Quesnay e Gournay, afirmando em seu livro “A Riqueza das Nações” as principais ideias do liberalismo econômico: a prosperidade econômica e a acumulação de riquezas não são concebidas através da atividade rural e nem comercial, mas sim através do trabalho livre, sem nenhum agente regulador ou interventor.
        Para Smith, não eram necessárias intervenções na economia, visto que o próprio mercado dispunha de mecanismos próprios de regulação da mesma: a chamada “mão invisível”, que seria responsável por trazer benefícios para toda a sociedade, além de promover a evolução generalizada. Os liberalistas defendem a livre concorrência e a lei da oferta e da procura. Estes teóricos foram os primeiros a tratar a economia como ciência.

Origem do Capitalismo 

        O sistema capitalista foi implementado ao longo de uma extensa experiência histórica.
A explicação sobre as origens do capitalismo remonta uma história de longa duração em que nos deparamos com as mais diversas experiências políticas, sociais e econômicas. Em geral, compreendemos a deflagração desse processo com o renascimento comercial experimentado nos primeiros séculos da Baixa Idade Média. Nesse período, vemos uma transformação no caráter autossuficiente das propriedades feudais na qual as terras começaram a ser arrendadas e a mão de obra começou a ser remunerada com um salário.

        Essas primeiras mudanças vieram junto do surgimento de uma classe de comerciantes e artesãos que viviam à margem da unidade feudal habitando uma região externa, chamada de burgo. Foi baseado nesse nome que a classe social anteriormente referida ganhou o nome de burguesia. A burguesia medieval implantou uma nova configuração à economia europeia na qual a busca pelo lucro e a circulação de bens a serem comercializados em diferentes regiões ganharam maior espaço.
        A prática comercial experimentada imprimiu uma nova lógica econômica em que o comerciante substituiu o valor de uso das mercadorias pelo seu valor de troca. Isso fez com que a economia começasse a se basear em cima de quantias que determinavam numericamente o valor de cada mercadoria. Dessa maneira, o comerciante deixou de julgar o valor das mercadorias tendo como base sua utilidade e demanda, para calcular custos e lucros a serem convertidos em uma determinada quantia monetária.
        Com esse processo de monetarização, o comerciante passou a trabalhar tendo como fim máximo a obtenção de lucros e o acúmulo de capitais. Essa prática exigiu uma constante demanda pela expansão do comércio e, assim, nos fins da Idade Média, incitou a crescente classe comerciante burguesa a apoiar a formação de Estados Nacionais. Aliado ao poderio militar da nobreza, os burgueses passaram a contar com o fomento político para dominar novos mercados, regular impostos e padronizar moedas.
        Essas transformações que marcaram a passagem da Idade Média para a Idade Moderna incentivaram o nascimento do chamado capitalismo mercantil e das grandes navegações. Nesse contexto, os Estados Nacionais incentivaram a descoberta e o domínio de novas áreas de exploração econômica por meio do processo de colonização. Foi nessa época que os continentes americano e africano passaram a integrar uma economia mundialmente articulada aos interesses das poderosas nações europeias.
        Além de possibilitar uma impressionante acumulação de riquezas, o capitalismo mercantil criou uma economia de aspecto concorrencial na qual as potências econômicas buscavam acordos, implantavam tarifas e promoveram guerras com o objetivo de ampliar suas perspectivas comerciais. No entanto, a relação harmônica entre a burguesia e os monarcas ganhou uma nova feição na medida em que a manutenção dos privilégios da nobreza se transformava em um empecilho ao desenvolvimento burguês.
        Foi nesse período que os princípios da filosofia iluminista defenderam uma maior autonomia das instituições políticas e criticaram a ação autoritária da realeza. Foi nesse contexto de valores que as revoluções liberais foram iniciadas pela convulsão sociopolítica que ganhou espaço na Inglaterra do século XVII. Na ilha britânica observamos a primeira experiência de limitação do poder real em favor de uma maior autonomia da economia durante o processo da Revolução Inglesa.
        Pela primeira vez, as autoridades monárquicas passaram a estar submetidas ao interesse de outro poder com forte capacidade de intervenção política. Essa mudança na Inglaterra beneficiou diretamente a burguesia nacional ao conceder maiores liberdades para empreender acordos diplomáticos e articular os diversos setores da economia britânica ao interesse das atividades comerciais. Não é por acaso que foi nesse mesmo lugar que o capitalismo passou a ganhar novas forças com a Revolução Industrial.
        A experiência da revolução imprimiu um novo ritmo de progresso tecnológico e integração da economia no qual percebemos as feições mais próximas da economia experimentadas no mundo contemporâneo. O desenvolvimento tecnológico, a obtenção de matérias-primas a baixo custo e a expansão dos mercados consumidores fez com que o sistema capitalista conseguisse gerar uma situação de extrema ambiguidade: o ápice do enriquecimento das elites capitalistas e o empobrecimento da classe operária.
        Chegando ao século XIX, percebemos que o capitalismo promoveu uma riqueza custeada pela exploração da mão de obra e a formação de grandes monopólios industriais. Nesse período vemos a ascensão das doutrinas socialistas em franca contraposição ao modelo de desenvolvimento social, econômico e político trazido pelo sistema capitalista. Mesmo movendo diversas revoluções e levantes contra o sistema, o socialismo não conseguiu interromper o processo de desenvolvimento do capital.
        No século passado, o capitalismo viveu diversos momentos de crise nos quais percebemos claramente os problemas de sua lógica de crescimento permanente. Apesar disso, vemos que novas formas de rearticulação das políticas econômicas e o afamado progresso tecnológico conseguiram dar suporte para que o capitalismo alcançasse novas fronteiras. Com isso, muitos chegam a acreditar que seria impossível imaginar um outro mundo fora do capitalismo.
        No entanto, seria mesmo plausível afirmar que o capitalismo nunca teria um fim? Para uma afirmativa tão segura e linear como essa, podemos somente lançar mão do tempo e de suas transformações para que novas perspectivas possam oferecer uma nova forma de desenvolvimento. Sendo imortal ou mortal, o capitalismo ainda se faz presente em nossas vidas sob formas que se reconfiguram com uma velocidade cada vez mais surpreendente.

Atividades:
1-       Qual a ideia centra do liberalismo econômico?
2-      Quem é considerado o pai do liberalismo econômico?
3-      Quais as principais ideias defendidas por Adam Smith?
4-      Sintetize a origem e evolução do capitalismo.


Classe Social

ESCOLA ESTADUAL TRÊS PODERES
CADERNO DE REPORTAGEM – ALZIRA ARAUJO

                        Classe Social


Classe dominante e classe dominada –
Característica da sociedade capitalista.
        Encontrar uma definição de classe social não é tarefa nada fácil, ainda mais quando o tema não gera uma definição consensual entre estudiosos das mais diferentes tradições políticas e intelectuais.      Porém, uma coisa é certa! Todos estão de acordo com o fato de as classes sociais serem grupos amplos, em que a exploração econômica, opressão política e dominação cultural resultam da desigualdade econômica, do privilégio político e da discriminação cultural, respectivamente.
        Os principais conceitos de classe na tradição do pensamento social são: classe social e luta de classes de Karl Marx e estratificação social de Max Weber. De modo geral, no cotidiano, o cidadão comum tende a confundir as definições de classe social.
        A concepção de organização social de Karl Marx e Friedrich Engels se baseia nas relações de produção. Nesse sentido, em toda sociedade, seja pré-capitalista ou capitalista, haverá sempre uma classe dominante, que direta ou indiretamente controla ou influencia o controle do Estado; e uma classe dominada, que reproduz a estrutura social ordenada pela classe dominante e assim perpetua a exploração.
        Numa sociedade organizada, não basta a constatação da consciência social para a manutenção da ordem, pois a existência social é que determina a consciência. Em outras palavras, os valores, o modo de pensar e de agir em uma sociedade são reflexos das relações entre os homens para conseguir meios para sobreviver. Assim, as relações de produção entre os homens dependem de suas relações com os meios de produção e que, de acordo com essas relações, podem ser de proprietário/não proprietário, capitalista/operário, patrão/empregado. Os homens são diferenciados em classes sociais. Aqueles homens que detêm a posse dos meios de produção apropriam-se do trabalho daqueles homens que não possuem esses meios, sendo que os últimos vendem a força de trabalho para conseguir sobreviver. A luta de classes nada mais é do que o confronto dessas classes antagônicas. Essa é a concepção marxista de classe social.
        Com o desenvolvimento do capitalismo industrial e na modernidade, a linguagem comum confunde com frequência o uso do termo classe social com estrato social. Para Weber, a estratificação das classes sociais é estabelecida conforme a distribuição de determinados valores sociais (riqueza, prestígio, educação, etc.) numa sociedade, como: castas, estamentos e classes.
        Em Weber, as classes constituem uma forma de estratificação social, em que a diferenciação é feita a partir do agrupamento de indivíduos que apresentam características similares, como por exemplo: negros, brancos, católicos, protestantes, homem, mulher, pobres, ricos, etc.
        Em se tratando de dominação de classe, estabelecer estratos sociais conforme o grau de distribuição de poder numa sociedade é tarefa bastante árdua, porque o poder sendo exercido sobre os homens, em que uns são os que o detêm enquanto outros o suportam, torna difícil considerar que esse seja um recurso distribuído, mesmo que de forma desigual, para todos os cidadãos. Assim, as relações de classe são relações de poder, e o conceito de poder representa, de modo simples e sintético, a estruturação das desigualdades sociais. Para Weber, o juízo de valor que as pessoas fazem umas das outras e como se posicionam nas respectivas classes, depende de três fatores: poder, riqueza e prestígio; que nada mais são que elementos fundamentais para constituir a desigualdade social.

 Orson Camargo

Atividades

1-      Como podemos definir classe social?
2-      Qual a concepção de organização social para Karl Marx?
3-      Você concorda com essa concepção? Por quê?
4-      Qual a concepção de classe social para Max Weber?

Eleições e a importância do voto

Ele

ESCOLA ESTADUAL TRÊS PODERES
CADERNO DE REPORTAGEM – ALZIRA ARAUJO

Eleições e a importância do voto

O voto foi expandido para todos os cidadãos com mais de 16 anos muito recentemente, mostrando que a participação política no país foi constantemente restringida.



         No Brasil, o voto universal foi conseguido apenas no final do século XX, o que demonstra a importância dessa prática política para o país
        O voto, ou sufrágio, como é também conhecido, é um dos principais instrumentos utilizados para eleições de representantes políticos ou para tomar decisões políticas, em espaços em que há consulta popular para isso, como nos casos de referendos ou plebiscitos.
        No Brasil, são eleitos através do voto diversos representantes políticos da população, como vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, além de governadores e presidentes da República.
        Desde a Constituição de 1988 que o sufrágio universal foi instituído para a escolha dos ocupantes desses cargos acima mencionados. Sufrágio universal significa que todo o cidadão dentro das normas legais tem direito ao voto. Tal configuração de participação política foi uma vitória no sentido de ampliação dos critérios da democracia representativa no país, já que todos os cidadãos com mais de 16 anos, homens ou mulheres, alfabetizados ou analfabetos, têm direito a escolher seu representante através do voto.
        Porém, na história do voto do Brasil, nem sempre foi assim. As votações que existiam durante a colônia e durante o Império brasileiro estavam restritas a homens que detinham certo nível de renda. Com o advento da República, o voto foi estendido aos demais homens, mas não às mulheres. Estas somente puderam participar das eleições no Brasil a partir de 1932, com a reforma do Código Eleitoral.
        A existência dos períodos ditatoriais, como entre 1937 e 1945 e entre 1964 e 1985, diminuiu muito a abrangência da participação política dos cidadãos na escolha de seus representantes políticos. A restrição histórica à participação de boa parte da população na escolha de seus representantes através do voto fez com que o sufrágio universal estabelecido na Constituição de 1988 ganhasse uma enorme importância.
        Através do voto, é possível ao eleitor e ao cidadão escolher dentre um leque de opções previamente estabelecido uma pessoa que o representará em algumas das instituições políticas por um período determinado. Essa escolha, na forma ideal, deve ser feita com consciência política e após uma análise das propostas do candidato e de sua viabilidade de aplicação, além do histórico pessoal e político do candidato.





        A urna eletrônica substituiu as cédulas de papel, garantindo maior rapidez na apuração dos votos *
Intensas campanhas são feitas para combater a compra de votos, uma prática ainda comum durante as eleições no Brasil. Através da compra do voto, políticos com maior poder econômico conseguem influenciar de forma considerada não ética um maior número de eleitores. A compra de votos é crime no Brasil, mas isso não quer dizer que ela não exista.
        Por outro lado, diversos posicionamentos críticos em relação à democracia representativa apontam que os financiamentos de campanhas, que são legais, acabam também fazendo com que as classes que têm maior poder econômico coloquem seus representantes no poder, limitando a abrangência da democracia. Nesse caso, somente as campanhas eleitorais milionárias teriam capacidade de serem vitoriosas nas principais eleições.
         Outra característica do voto no Brasil é que ele é obrigatório. Há campanhas para que o voto seja facultativo, uma escolha das pessoas que querem eleger seus representantes. A favor desse posicionamento há o argumento de que tal medida diminuiria os casos de corrupção nas eleições, além de ampliar a possibilidade de escolha dos cidadãos, já que poderiam começar escolhendo se querem votar ou não.
        Há ainda posicionamentos de crítica mais profunda às eleições, principalmente as decorrentes das campanhas do voto nulo. A prática de anular o voto visa expor um descontentamento com todo o sistema da democracia representativa ou, em alguns casos, a insatisfação com os candidatos que são apresentados.
        Em muitos casos, a crítica à representatividade indica uma limitação dessa forma de organização, que exclui da participação política direta a maior parte dos cidadãos, afastando-os desse tipo de prática, que se limitaria a votar apenas em certos períodos, em candidatos previamente escolhidos por agremiações. Nesse sentido, nos intervalos das eleições, os cidadãos ficariam afastados das decisões políticas, já que delegariam essa função a seus representantes.Os vários posicionamentos no debate demonstram a importância do voto na prática política brasileira.

Atividades
1-                  O que significa sufrágio universal?
2-                  Quando a mulher adquiriu o direito de voto?
3-                  Como foi a evolução do sistema de votação no Brasil?
4-                  Porque nos períodos ditatoriais a participação política dos cidadãos ficou menos abrangente?
5-                  Você concorda com o voto obrigatório? Por quê?



terça-feira, 10 de junho de 2014

REINO DOS PAÍSES BAIXOS



ESCOLA ESTADUAL TRÊS PODERES
CADERNO DE REPORTAGEM -  ALZIRA ARAUJO
NOME OFICIAL: REINO DOS PAÍSES BAIXOS



DADOS PRINCIPAIS:
Área: 41.526 km²
CapitalAmsterdã
População: 16,7 milhões de habitantes (estimativa 2012)
Moeda: Euro
Nome Oficial
: Reino dos Países Baixos
Nacionalidade: neerlandesa ou holandesa
Data Nacional: 26 de julho de 1581 (Declaração da Independência)
Governo: Monarquia Constitucional
Primeiro-ministro: Mark Rutte
Divisão administrativa: 12 províncias (Groninga, Frisia, Drente, Overijssel, Güeldres, Utrecht, Flevolandia, Holanda Setentrional, Holanda Meridional, Zelanda, Brabante Setentrional e Limburgo).

HISTÓRIA

        Durante a Idade Média o atual território dos Países Baixos compunha-se de certo número de ducados autônomos (Gelre, Brabant) e condados (Holland, Zeeland), bem assim como do bispado de Utrecht. Sob Carlos V (1500 - 1558) foram essas regiões reunidas com os territórios que formam hoje a Bélgica e o Luxemburgo, sendo-lhes dado o nome genérico de Países Baixos, integrando-se num todo que nessa época passou a fazer parte do grande império dos Borgonha-Habsburgo.
        A fundação de um estado neerlandês independente data de 1568, quando algumas das províncias setentrionais se revoltaram contra o rei da Espanha, Filipe II, que era igualmente o senhor de Borgonha - Habsburgo. Essa revolta foi encabeçada pelo Príncipe Willem de Orange, o qual, na história holandesa, passou a ser conhecido por Pai da Pátria.
        Assim teve começo a luta pela independência, que iria durar 80 anos. Pelo Tratado de Munster (1648) foi à República das Sete Províncias Neerlandesas Unidas reconhecida como estado independente. No decorrer do século XVII os navegadores e comerciantes holandeses estabeleceram empórios comerciais no mundo inteiro. Aliás, a grande expansão do comércio e da navegação é característica do século XVII (o "Século de Ouro"). Entre essas empresas comerciais, as maiores e mais conhecidas eram então a Companhia Unida das Índias Orientais (especializada no comércio com o Extremo Oriente) e a Companhia das Índias Ocidentais (a qual comerciava com a África e a América do Sul, administrando também a colônia de Nieuw - Nederland, a atual New York). A necessidade de proteger esses interesses comerciais deu origem a várias guerras, sobretudo contra a Inglaterra. A grande prosperidade traduziu-se, simultaneamente, por um enorme desenvolvimento cultural.                                       .   
        A República manteve a sua independência até à Revolução Francesa. Em 1795 os Países Baixos tornaram-se primeiro um estado dependente do Império Francês, sendo mais tarde sob Napoleão, em 1810, totalmente integrados no Império. Terminada a ocupação francesa em 1814, foi então instaurado o Reino dos Países Baixos. O primeiro rei do novo estado, que nessa altura abrangia os atuais territórios da Holanda, Bélgica e Luxemburgo, foi Willem I, Príncipe de Orange-Nassau e filho de Willem V, o último Stadhouder. O rei era ainda grão-duque do Luxemburgo, com o qual, em virtude da lei sálica então em vigor, a Holanda formou uma união pessoal que só veio a terminar em 1890. Nos termos da Constituição de 1814 o poder executivo pertencia ao rei, perante o qual os ministros eram responsáveis. A revisão constitucional de 1848 conferiu inviolabilidade ao soberano, tornando os ministros responsáveis perante o parlamento eleito. A nova constituição tornou-se a base da instalação da monarquia constitucional de regime parlamentar. Após ter sido reconhecida em 1893 a independência dos Países Baixos Meridionais (Bélgica), é que a Holanda tomou a sua forma atual.
        A sucessão ao trono em linha direta masculina terminou em 1890, com o falecimento do Rei Willem III. Sob a regência de sua mãe, a Rainha Emma, ascendeu então ao trono a Rainha Wilhelmina (1890-1860). A regência terminou em 1898
        Embora por vezes com dificuldade, os Países Baixos conseguiram manter a sua neutralidade durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). O prosseguimento de uma política de estrita neutralidade até o início da Segunda Guerra Mundial, não impediu que em 1940 o país fosse invadido pela Alemanha, tendo a ocupação durado 5 anos.
Depois de ocupar o trono durante 50 anos, e tendo sido obrigada a refugiar-se na Inglaterra em 1940, a Rainha Wilhelmina abdicou do trono em 1948, a favor de sua filha Juliana
        A Rainha Juliana, por sua vez, abdicou do trono em 30 de abril de 1980, a favor de sua filha mais velha, Beatrix, que a partir desse dia lhe sucedeu como rainha                                            .
        Até à Segunda Guerra Mundial os Países Baixos foram uma das maiores potências coloniais do mundo, mas a partir dessa época as colônias rapidamente se tornaram independentes. A Indonésia alcançou a independência total, enquanto que o Suriname e as Antilhas Neerlandesas, situadas na região dos Caraíbas, após a assinatura do Estatuto do Reino em 1954 passaram a formar, juntamente com a Holanda, e em total igualdade de direitos, o Reino dos Países Baixos, cabendo à Holanda a inteira competência em matéria de relações com o exterior e de defesa nacional.
        O Suriname tornou-se república independente em 25 de novembro de 1975. Aruba possui desde 1 de janeiro de 1986 um estatuto especial dentro de Reino, o qual implica a posse de igualdade de direitos com as Antilhas Neerlandesas (compostas de Curaçao, Bonaire, St. Eustatius, Saba e St. Maarten) e a Holanda                                          .  
ÁREA TERRITORIAL E POPULACIONAL:


        Com aproximadamente 41.864 km2 e 16 milhões de habitantes. A Holanda é um dos menores países e o mais densamente povoado do mundo. Sua densidade geográfica chega a 459 habitantes por Km2.

A maior concentração demográfica encontra-se em RANDSTAD, um grupo de cidades na zona Ocidental do país: Amsterdã, Haia, Rotterdã e Utrecht.

        A população, era em 2006, estimada em 16 491 461 habitantes. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respectivamente, de 10,9%o e 8,68%o. A esperança média de vida é de 78,96 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,938 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) é de 0,934 (2001). Estima-se que, em 2025, a população seja de 17 250 000 habitantes. A população é composta predominantemente por naturais da Holanda (95%), havendo igualmente comunidades de imigrantes, em especial de turcos (1%) e marroquinos (1%). Em termos religiosos, os católicos representam 33% da população, seguindo-se lhes os crentes da Igreja Reformada Holandesa (14%), os calvinistas (7%) e os muçulmanos. A língua oficial é o holandês.·.


POR QUE PAÍSES BAIXOS?

        As muitas pontes, diques, moinhos e instalações de bombeamento constituem uma paisagem única nesse país.  
A Holanda é um país muito plano e baixo, do qual cerca de um quarto de seu território se encontra abaixo do nível do mar, chegando a algumas regiões atingir até 6,7metros. Daí vem à designação NEDERLAND “terra baixa”, ou Países Baixos.
        Atualmente, os Países Baixos estão protegidos não só por barragens, mas também por dunas e diques. Os holandeses têm de estar sempre atentos ao estado do mar. Quando necessário, eles elevam os diques, caso contrário, grande parte do país pode ficar inundado

O REINO QUE VENCEU AS ÁGUAS                                                                                 

        Os holandeses tomaram porções de terra ao mar através da construção de diques, isolando trechos do litoral, em seguida bombeando a água do mar represada. As terras drenadas foram então transformadas em campos férteis, mantidas pelo bombeamento constante executado antigamente por moinhos de vento e atualmente por potentes bombas elétricas.
        Há um século existiam dez mil moinhos de vento espalhados pelo país e hoje são apenas mil. Um círculo de novecentos moinhos também protege Amsterdã das enchentes                                                             
Os holandeses tomaram porções de terra ao mar através da construção de diques, isolando trechos do litoral, em seguida bombeando a água do mar represada. As terras drenadas foram então transformadas em campos férteis, mantidas pelo bombeamento constante executado antigamente por moinhos de vento e atualmente por potentes bombas elétricas.
        Há um século existiam dez mil moinhos de vento espalhados pelo país e hoje são apenas mil. Um círculo de novecentos moinhos também protege Amsterdã das enchentes   .

ECONOMIA

        As características das relações socioeconômicas neerlandesas são as consultas intensas e de caráter estrutural entre o estado, as empresas e sindicatos. Elas fizeram nascer uma economia próspera e estável, sempre fortemente orientada para o contexto internacional e uma das 15 economias mais fortes do mundo.
        Com a sua avançada infraestrutura no âmbito dos transportes, tanto de bens e pessoas como de dados eletrônicos, para as empresas que operam a nível mundial, a Holanda também é um elo importante. O porto de mar de Roterdã, a mais de 30 anos o maior do mundo, forma o ponto central de distribuição para o interior europeu e o “Amsterdam Airport Schiphol" é o quarto aeroporto da Europa. No âmbito de União Europeia, as empresas de transporte holandesas são responsáveis por 40% dos transportes fluviais e 25% dos transportes rodoviários.
        Há, além disso, várias empresas multinacionais que têm as suas raízes na Holanda, tais como a Philips, a Akzo Nobel, a Shell, a Unilever.
        A imagem da Holanda como nação comercial não mudou ao longo dos séculos. Ainda hoje os resultados do comércio internacional contribuem com mais de metade para o Produto Interno Bruto, com um quase já tradicional excedente na balança comercial e um saldo positivo na balança de pagamentos como prova. Esses excedentes são, sobretudo alcançados no mercado europeu, cerca de 80% dos mercados de destino encontra-se na Europa, enquanto que os mercados asiáticos, americanos e africanos há muitos séculos constituem mercados tradicionais. Por outro lado - entre outros motivos pela sua localização e pelas excelentes facilidades de distribuição - a Holanda é vista por muitas empresas de outros países (também de países não europeus), como o local ideal para se estabelecerem

CURISIDADES


Países baixos e Holanda são denominações de um mesmo país?
Que quarta parte da Holanda se encontra abaixo do nível do mar?
Que a corte internacional de justiça se encontra em Haia?
Na Holanda ainda permanece em funcionamento 1.000 moinhos originais?
Que a Holanda só com 0,008 da superfície mundial, é o terceiro país do mundo em exportação de produtos agrícolas?
Na Holanda se come arenque cru passada por cebola picada?
Na Holanda existem mais de 15,000 km de ciclovias?
N a comida favorita dos holandeses é a salada?
Que o aeroporto encontra-se instalado a 4.5 m abaixo do nível do mar? ·que Amsterdã está construída em sua totalidade sobre pilares?
Holanda sempre teve governos formados por coligações e é, portanto um país de compromissos?
Somente 5% da população trabalham na agricultura?
Todo holandês tem uma bicicleta e que há duas bicicletas para cada automóvel?
Holanda tem a maior concentração de museus do mundo, 42 deles somente em Amsterdã?
Na província de frísia há tantas vacas, assim como, tantas pessoas?
Você pode contemplar em Amsterdã 22 quadros de Rembrandt e 206 obras de Van Goght?
O ponto mais alto da Holanda está a 321 metros e por isso se chama montanha?
A maioria dos holandeses fala um idioma estrangeiro?
Um de cada três holandeses é sócio de uma associação desportiva?
Praticamente em todos os lugares holandeses há um ramo de flores naturais?
O porto maior do mundo está em Rotterdã?
Em Amsterdã vivem pessoas de 140 nacionalidades?
Quase todos os holandeses sabem nadar e patinar no gelo?
Muitos holandeses desjejuam pão untado com chocolate?
Amsterdã tem 1.281 pontes?
Os holandeses são depois dos escandinavos os maiores consumidores de café do mundo?
Que se você não comer um arenque quando estiver na Holanda, é o mesmo que se não estivesse ido?


Atividades:
1-      Qual a importância histórica da Holanda para o Brasil no período colonial? Explique.
2-      Que regiões reunidas com o território dos Países Baixos formam hoje a Bélgica e Luxemburgo?
3-      Por que, na história holandesa, o príncipe Willem de Orange passou a ser conhecido como “O Pai da Pátria”?
4-      Quando teve início a luta pela independência holandesa? Qual seria o tempo de duração? O que motivou essa luta?
5-      Qual o importante papel dos navegadores e comerciantes holandeses no decorrer do século XVII?
6-      Por que o século XVII é denominado “O Século do Ouro”?
7-      Nessa época, qual a especialização da Companhia Unida das Índias Orientais e Ocidentais?
8-      “A necessidade de proteger interesses comerciais deu origem a várias guerras, ainda no século XVII, sobretudo contra A Inglaterra. ”.
Podemos dizer que a citação acima é: () falsa () verdadeira
Justifique sua resposta.

9-      Assinale (V) verdadeiro e (F) falso:
a-     ( ) A sucessão ao trono em linha direta masculina terminou em 1898, com o falecimento do Rei Willem III.
b-     (  ) Atualmente, os Países Baixos estão protegidos por barragens, dunas e diques.
c-     (  ) Um círculo de novecentos moinhos também protegem Amsterdã das enchentes.
d-    (  ) Várias empresas nacionais têm suas raízes na Holanda.
10-   ” Até a Segunda Guerra Mundial, os Países Baixos foram uma das maiores potências coloniais do mundo. Porém, as colônias se tornavam independentes muito lentamente.”
Esta informação se procede? Por quê?
11-   Como é caracterizada a economia dos Países Baixos?Cite as principais empresas desse país.
12-   Qual o maior porto do mundo e que está localizado nos Países baixos?
13-   Por que o nome Países Baixos?
14-   Como os Países Baixos enfrentam o problema da baixa altitude?
15-   Faça o mapa político dos Países Baixos?